O passado...

Que coisa tão distante e tão marcante, que tanto nos parece tão lá atrás, como nos persegue constantemente...
Reviver o passado através das memórias, por vezes custa tanto...principalmente quando nos apercebemos dos quantos erros foram cometidos, ou quanta felicidade deixamos para trás.
A cada dia que passa, é como um novo passo para abandonar um sentimento tão bonito, quanto ferido. Procuro deixar para trás um passado difuso...um passado tão presente que ainda sinto as flechas a trespassarem-me o corpo. Esse corpo que apenas desejava um pouco de afecto sincero...
É uma nostalgia que me persegue e que não me deixa ultrapassar essa diferença passado/presente.
Que venha então uma nova brisa, pronta para me dar um futuro...

É como um pano que me tapa os olhos, mas que me faz sorrir e sonhar.
É como um sonho ilusório em que por momentos, acredito que é possivél refazer um pedaço quebrado no peito.
É como uma lágrima que cai nem sei porquê. Sei apenas que cai com violência.
É como se pensasse que existe uma gotinha de esperança! mas essa gotinha, de tão frágil que é, desaparece como por magia.
Assim é a ilusão, pensar que temos tudo na mão e num ápice, voa tudo...
A ilusão é como a areia. Temos-a na mão, mas se o vento sopra com força, ela voa sem destino...